Essa história se passou mais ou menos entre 1950 e 1960, aconteceu com um senhor que era dono de uma casa onde sempre tinha forró, bebida, sexo, música (sanfona) e muita mulher.

A casa ficava lá no meio do "sertãozão", bem isolada do “mundo”. Na época ainda não tinha eletricidade, era tudo na luz de um lampião, forno a lenha e etc.

Antigamente acontecia muita coisa, casos de lobisomem, boi-ta-ta, mula sem cabeça entre outros, era rotina para os antigos.

Numa certa noite, a casa estava cheia, todos estavam dançando, se embebedando, era rala e rela, rela e rola, uma zona só. De repente uma nuvem de poeira se levantou no meio do salão, e surgiu um homem de terno e gravata. Depois que a poeira começou a baixar, olharam bem o tal homem, perceberam que ele tinha um par de chifres, pés de cavalo, uma língua grande e bem vermelha. Na hora o povo ficou aterrorizado, muitos tentaram sair da casa mais não conseguiram, parecia que havia uma parede de tijolos atrás da porta.

De repente no meio do caos o homem deu um berro e todos caíram paralisados no chão. Somente o senhor que era dono da casa que continuo de pé.

O coisa ruim disse ao senhor que ele devia dançar com ele, caso contrário todos iriam ficar paralisados para sempre e o senhor teria que ir para o inferno junto dele. O senhor não teve escolha. A dança foi até o sol nascer, a sanfona tocava sozinha, o cheiro do local era de enxofre e bebida. Ao final, o coisa ruim trouxe todos ao normal e disse ao senhor que somente ele que lembraria daquele dia.

O coisa ruim foi embora do mesmo jeito que apareceu, em seguida todos acordaram assustados perguntando o que tinha acontecido, ninguém lembrava de nada, se quer lembravam de como tinham chegado naquele lugar.