Você pode imaginar a forma de um buraco negro pensando em algo parecido com uma casquinha de sorvete. Ele é largo na parte de cima e termina num ponto, chamado de singularidade. Na singularidade, as leis da física deixam de existir e toda matéria é esmagada até ficar irreconhecível. Este tipo de buraco negro não-rotativo é chamado de buraco negro de Schwarzschild, em homenagem ao astrônomo alemão Karl Schwarzschild.
Outro tipo de buraco negro, chamado de buraco de Kerr, também é teoricamente possível. Os buracos de Kerr são buracos negros rotativos que poderiam ser usados como portais para viajar no tempo ou para viajar a universos paralelos. Em 1963, o matemático neozelandês Roy Kerr propôs a primeira teoria realista para um buraco negro rotativo. Nesta teoria, as estrelas que estão morrendo colapsariam em um anel de nêutrons rotativo que produziria força centrífuga suficiente para impedir a formação de uma singularidade. Já que o buraco negro não teria uma singularidade, Kerr acreditava que seria seguro adentrá-lo sem ser esmagado pela força gravitacional infinita de seu centro.
Se os buracos de Kerr existirem, talvez seja possível atravessá-los e sair num buraco "branco". Um buraco branco teria função inversa à do buraco negro. Portanto, em vez de atrair tudo que estiver ao alcance de sua força gravitacional para dentro de si, ele usaria algum tipo de matéria exótica com energia negativa para empurrar tudo para fora e para longe de si. Estes buracos brancos seriam a nossa maneira de entrar em outras épocas ou em outros mundos.
Dado o pouco que sabemos sobre os buracos negros, talvez os buracos de Kerr possam existir. No entanto, o físico Kip Thorne, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, acredita que as leis da física impedem sua formação. Ele diz que não há como entrar e sair de um buraco negro e que qualquer coisa que tente entrar lá será engolida e destruída antes mesmo de chegar à singularidade.
By: Fear
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